
Historia
Oficina G3 é uma banda de rock e metal cristão formada em São Paulo, Brasil. Foi fundada por Juninho Afram, Wagner García eWalter Lopes, no fim dos anos 1980. Em atividade desde 1987, passou por vários estilos musicais, como o hard rock, pop rock, e mais recentemente o metal progressivo. Além de Juninho, Duca Tambasco e Jean Carllos são os membros mais antigos do conjunto. A banda já foi indicada para o Troféu Talento em várias categorias, para o Troféu Promessas em 2011 e 2014 e para oGrammy Latino nos anos de 2005, 2007 e 2009, nesse último vencendo com o álbum Depois da Guerra. Na época em que o conjunto começou, o rock tinha forte resistência em igrejas cristãs brasileiras, e o grupo foi um dos primeiros a mesclar vertentes mais pesadas do rock com a música cristã no Brasil, assim como as bandas Resgate, Katsbarnea e Fruto Sagrado. Logo, o Oficina G3 se tornou ícone do incipiente gênero do rock cristão brasileiro, tornando-se conhecido entre os admiradores desse estilo no país. Apesar de, em parte, seus integrantes terem sido rejeitados por muitos pastores e lideranças religiosas, o visual da banda, com integrantes tatuados e de cabelos compridos, em geral sempre atraiu o público jovem adepto à religião. A banda mudou os seus rumos ao fim da década de 1990 quando o cantor PG entrou no lugar de Luciano Manga. Grande parte do apelo de "banda de rock pesado" foi deixado de lado e o grupo passou a ter um estilo mais guiado pelo pop rock. Foi a fase de maior popularidade da banda, ganhando novos fãs, principalmente após a assinatura com a gravadora MK Music. Por outro lado, deixou muitos fãs antigos e críticos decepcionados ao modificar o rock definido nos discos anteriores. Após a saída do cantor em 2003, o Oficina G3 voltou a ter como estilo predominante outras variações do rock, mais especificamente o metal progressivo. Os vocais foram assumidos por Juninho Afram, e a banda prosseguiu sua carreira efetivamente. Nesta nova fase o conjunto recebeu duas indicações ao Grammy Latino e sete ao Troféu Talento, também logrando relativo sucesso com boa parte dos fãs, vendendo vinte e mil cópias do álbum Além do que os Olhos Podem Ver em três dias, alcançando disco de ouro posteriormente. Em 2008 o grupo lançou o CD Depois da Guerra, sendo o primeiro de Mauro Henrique como novo vocalista. O álbum foi um sucesso de público e crítica alcançando o disco de ouro e vencendo, depois de três indicações consecutivas, o Grammy Latino em 2009.Histórias e Bicicletas (Reflexões, Encontros e Esperança), de 2013, é o trabalho mais recente de sua discografia. É atualmente composta por quatro integrantes oficias: Juninho Afram (vocal e guitarra), o qual é o líder e único integrante da formação original, Duca Tambasco (baixo e vocal de apoio), Jean Carllos (Teclado e vocal gutural) e Mauro Henrique (vocal eviolão). Os músicos são reconhecidos por suas proficiências em seus instrumentos, estando frequentemente presentes em matérias de revistas especializadas em música.
1987-1989: O início
A banda teve início na década de 1980, uma época marcada pelo surgimento de várias bandas de rock cristão no Brasil, intensificado pelo Movimento gospel, que difundiu o gênero pelo país. Nessa época surgiram na música cristã brasileira inúmeras bandas de rock cristão, sendo que os grupos Resgate, Contato Vital, Fruto Sagrado, Katsbarnea,Livre Arbítrio, Metal Nobre, Catedral, Stauros e o Oficina G3 foram as únicas que alcançaram notoriedade nacional durante a época. Em 1987, na Igreja Cristo Salva, em São Paulo, Juninho Afram, Walter Lopes e Wagner García, frequentadores do local, juntaram-se e formaram um grupo musical, a fim de suprir a necessidade de mais músicos naquela congregação. Eles formaram assim o grupo 3 daquela igreja. Somaram-se a eles subsequentemente Luciano Manga e Túlio Régis, ambos vocalistas, além de James Conway e Marcos Pereira, ambos nas guitarras, e Márcio Woody de Carvalho no teclado.
Como o grupo não tinha nome ainda na época, decidiram chamá-lo pela sigla G3, abreviatura de Grupo 3 (pelo fato de que eram o terceiro grupo de louvor da Igreja Cristo Salva). Mais tarde, resolveram mudar de nome e escolheram Oficina. Por essa época, a banda se inscreveu num concurso de talentos cristãos sob o nome Oficina G3, nome provisoriamente adotado. Esse nome, segundo Luciano Manga, foi adotado no final dos anos 1980, por uma sugestão de um amigo dos integrantes da banda. Na ocasião, o grupo participaria em um evento chamado Terça Gospel, no Dama Shock, e este amigo era dono de uma agência de publicidade, e achava que este nome seria chamativo.
Posteriormente os membros da banda passaram a frequentar a Igreja Metodista de Santo Amaro e tocar na Renascer em Cristo onde foram contratados pela Gospel Records. Por esse tempo o grupo ganhou alguma notoriedade pelo seu estilo hard rock, que era algo raro no meio da música cristã brasileira. Nessa época a banda já se apresentava no Dama Shock, em São Paulo, junto a outras bandas, onde ganharam uma certa relevância.
1990-1997: Fase Hard Rock (Manga como vocalista principal)
Em 1990 o grupo lançou o LP ao vivo, gravado em uma apresentação na casa de eventos Dama Shock. Por essa época já havia sido adotado o nome oficial do conjunto.10 11 Passado algum tempo, alguns integrantes da banda a deixaram, nomeadamente o baixista Wagner García e o vocalista Túlio Régis, entrando Duca Tambasco e ficando com apenas um vocalista.6 Segundo Túlio, sua saída foi provocada por problemas pessoais, e com o grupo.
Em 1993, a banda gravou Nada É Tão Novo, Nada É Tão Velho. Lentamente começam a se tornar conhecidos no Brasil, atraindo um considerável número de fãs e admiradores pelo país. Como não era muito comum haver bandas cristãs de rock no início da década de 1990, algumas vezes a banda era discriminada por lideranças religiosas, algumas alegando que sua música era satânica. O visual da banda, marcado por tatuagens, piercings e cabelos compridos contribuía para esse efeito, mas o mesmo visual representava um atrativo para a sua audiência, tanto cristã quanto secular. A terceira gravação, intitulada Indiferença, somente aconteceu em 1996, ano que também marcou a entrada Jean Carllos no grupo. O trabalho mostrava o virtuosismo da banda, com duas faixas dedicadas a solos de guitarra e uma outra a um solo de baixo. Um dos solos de guitarra era um prelúdio instrumental à canção Glória (versão rock em português do hino The Battle Hymn of the Republic), que por muito tempo foi uma das músicas mais tocadas em suas apresentações. Indiferença foi muito bem recebido, consolidando e tornando a banda ainda mais popular e bem avaliada. O disco é considerado por muitos o melhor álbum da banda até hoje e representou o auge do Oficina G3 na fase inicial do grupo, e também o fim dela, já que, após esse álbum,Luciano Manga necessitou deixar o grupo porque era pastor. Por conta do fato, Manga e os membros do Oficina G3 escolheram PG, que era membro da igreja ao qual faziam parte para assumir a posição de vocalista do conjunto. Assim que PG ingressou, Luciano Manga se retirou da banda. A partir daí o conjunto mudou de estilo e de público-alvo, passando a ter uma sonoridade baseada no pop rock, que desagradou a muitos dos seus fãs antigos.
1998-2003: Fase Pop Rock (PG assume os vocais)
Com a entrada do novo vocalista, a banda grava em 1998 o álbum Acústico, com duas canções inéditas e regravações. Um ano depois lançou o Acústico ao Vivo, este alcançando a marca de mais de cem mil cópias vendidas. Segundo Túlio Regis, a posterior entrada do Oficina G3 no cast da gravadora MK Musiccoincidiu com a saída da banda de pop rock Catedral da mesma. Ao mesmo tempo, tal saída do grupo da Gospel Records causou insatisfação com esta, isto porque o Oficina G3 era quem mais vendia ali. E, por um contrato artístico repressivo, o grupo permanecia, até que Túlio ajudou na contratação com a MK. O grupo então assinou contrato com a gravadora, saindo da Gospel Records, e no ano de 2000lançou o álbum O Tempo. O disco tornou-se um grande sucesso comercial, e esse sucesso chegou a chamar a atenção até mesmo das mídias seculares, com vídeos musicais da banda sendo apresentados no canal Multishow e na MTV Brasil. O Tempo contou com a produção musical de Geraldo Penna, que já trabalhava com o Oficina G3 anteriormente. O álbum superou a marca das 170 mil cópias vendidas. Em 2001, o grupo foi o único de música cristã a participar do Rock in Rio 3, e neste evento lançou o DVD O Tempo. No ínterim entre O Tempo e a obra posterior, o baterista Walter Lopes deixou a banda por motivos pessoais, entrando em seu lugar o músico Johnny Mazza, como freelancer que permaneceu até o final de março de 2003. Após a saída de Johnny Mazza, Lufe, assume a bateria da banda, mas também não como integrante oficial. No mesmo ano o quarteto lançou Humanos, álbum que seguiu a tendência pop rock, no qual porém nota-se uma sensível diferença no estilo. O uso de riffs e solos de guitarras mais marcantes, e a presença muito maior de distorções do que no álbum passado, contudo sem representar uma volta ao estilo hard rock, aproximando-se muito mais ao nu metal - que era uma das tendências daquele momento - de bandas como Linkin Park e P.O.D.. O álbum recebeu várias avaliações negativas da crítica especializada. Numa análise do Whiplash.net, por exemplo, Humanos recebeu nota 4 de 10, onde o resenhista declarou: "O cd desemboca num rockzinho básico, adocicado, leve e melodioso. O que se segue é uma sucessão de baladas que os diabéticos não irão aguentar. Trancar um deathbanger numa sala e colocar Humanos para rodar me parece uma definição perfeita de tortura."Em setembro de 2003 PG também decidiu sair da banda para se dedicar à carreira pastoral, entretanto a notícia só foi divulgada dois meses depois.Segundo PG, a saída da banda foi pacífica, entretanto não foi o mesmo dito pelos integrantes do Oficina G3. Duca Tambasco, por exemplo, declarou: "A gente ficou sabendo através de um comunicado." Por conta de tais mudanças na estrutura interna da banda, Juninho Afram assumiu a posição de vocalista enquanto o conjunto procurava um novo membro.
2004-2007: Metal/Progressivo (Juninho Afram no vocal)
Com três integrantes fixos, a banda então lança o trabalho Além do que os Olhos Podem Ver, com participação do guitarristaDéio Tambasco apoiando Afram, e este ficando dividido entre a guitarra e os vocais. A sonoridade novamente sofre uma transformação nesse ponto, transitando para um estilo de metal progressivo com outras influências, como ainda o nu metal. Comparado aos álbuns anteriores, o Além também apresentou como característica uma cessão maior de tempo para destacar os instrumentistas, possuindo solos de guitarra ou de baixo em quase todas as faixas. Surpreendendo, a obra então traz de volta o Oficina G3 precisamente mais "rock n' roll" do passado, agradando boa parte do público, principalmente os fãs mais antigos da banda. O trabalho foi muito bem recebido pela crítica e público, chegando a vender vinte mil cópias em apenas três dias e a ganhar um disco de ouro no período de um mês, além de ter sido indicado ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa. Em 2007, a banda lança o álbum seguinte, denominado Elektracustika. Antes do início das gravações, os músicos temporários, Déio Tambasco e Lufe, saíram e foram substituídos por Alexandre Aposan na bateria e Celso Machado na guitarra base. O novo disco trouxe em seu repertório regravações repaginadas de músicas mais antigas ao lado de algumas canções inéditas, com o intuito de comemorar os 20 anos da banda até então. A proposta do trabalho era de criar uma sonoridade rica e criativa, explorando o formato acústico com suas trivialidades e limitações. As canções mostraram uma oscilação entre o vigor dos instrumentos elétricos e o clima intimista do formato acústico, sendo mais abrangente em relação ao público se comparado com a obra anterior, já que não limitou os ouvintes àqueles que gostam de rock pesado. Apesar de não ter sido um proposta musical inédita no meio secular, representou uma novidade no estilo da banda, com arranjos muito bem trabalhados se comparado à maioria dos trabalhos acústicos. O trabalho foi bem recebido pela crítica, e chegou a concorrer ao Grammy Latino no ano de 2007. Possui alguns pontos marcantes, como o uso de flauta irlandesa em algumas das canções e uma presença maior do vocal de apoio de Jean Carllos e Duca Tambasco. A banda fez uma pequena turnê nos Estados Unidos, e anunciou, por ocasião do aniversário de vinte anos de carreira, o lançamento de um DVD comemorativo, porém poucos detalhes foram dados a respeito.
2008-atualmente: Entrada de Mauro Henrique como vocalista principal
Posteriormente, a banda anunciou oficialmente a entrada de um novo vocalista chamado Mauro Henrique. Este já estava há um tempo convivendo com a banda, inclusive fazendo participações especiais em shows. A banda já estava trabalhando em seu novo álbum,Depois da Guerra, lançado em dezembro de 2008. O mesmo estava sendo produzido totalmente para as linhas vocais de Juninho Afram; nesse meio tempo a entrada de Mauro Henrique foi anunciada, e o CD sofreu algumas mudanças para ser adaptado à sua voz, além de novas faixas e mudança na ordem das músicas. Com uma sonoridade bem mais agressiva se comparada a qualquer trabalho anterior, continua aqui, entre outras vertentes, o metal progressivo. A obra foi considerada como a melhor do gênero no ano e um dos melhores discos de Rock da década no Brasil. Recebendo críticas positivas da crítica especializada em geral, Depois da Guerra foi o disco responsável por tornar a banda ainda mais conhecida nos mais diversos tipos de público do rock, seja ele gospel ou secular. Através do trabalho, o Oficina conquistou o prêmio de Melhor álbum cristão em Língua portuguesa no Grammy Latino 2009 e um disco de ouro da ABPD.
Nos dias 25 e 26 de julho de 2009, o Oficina G3 realizou, na cidade de Santa Bárbara d'Oeste a gravação do DVD D.D.G. Experience, com base na temática e no disco Depois da Guerra lançado anteriormente. Gravado numa usina abandonada, foi dirigido por Hugo Pessoa,que cuidara anteriormente de gravações premiadas, como o Ao Vivo no Maracanãzinho, da banda Trazendo a Arca.A produção também contou com o efeito bullet-time. A obra marca um importante momento da banda, consolidando ainda mais a "época Depois da Guerra", trazendo um ótimo trabalho no geral.
Em 2011 a banda encerra sua turnê DDG e anuncia a turnê YourTourG3. O repertório, dessa vez, foi escolhido pelo público através da internet e consequentemente trouxe vários sucessos da banda, tantos os antigos como os atuais. Tal escolha foi elogiada mas também criticada por muitos. Em agosto, o grupo foi indicado em algumas categorias do Troféu Promessas: Melhor DVD, onde foi finalista e Melhor Banda, também finalista com Cassiane & Jairinho, Ao Cubo, Livres para Adorar eTrazendo a Arca. O conjunto perdeu para o Trazendo a Arca.
Em 16 de agosto de 2011 o Oficina G3 anunciou, oficialmente a entrada de Alexandre Aposan como baterista do conjunto, que já estava há um certo tempo trabalhando com a banda. A banda continuou se apresentando e divulgando a YourTourG3. Em 2012, a banda participou do Festival Promessas em Recife ao lado de vários músicos cristãos. Em agosto de 2012, a banda foi para Londres onde iniciou as gravações de mais um trabalho, sendo auxiliado por Leonardo Gonçalves e tendo a produção do próprio Oficina G3. No dia 01 de março de 2013, a banda divulga o título definitivo de seu novo álbum, Histórias e Bicicletas (Reflexões, Encontros e Esperança). O anúncio aconteceu durante uma reunião da banda com a presidente da gravadora MK Music, Yvelise de Oliveira. Nesse encontro, a banda apresentou ainda as músicas que fariam parte do CD, e o encarte desenvolvido para o novo projeto. No mesmo dia, uma versão não masterizada do single "Confiar", que fora divulgado na Rádio 93 FM , vazou na internet e teve imediata repercussão entre os admiradores da banda. O trabalho foi lançado no dia 30 de abril de 2013 no iTunes, e em poucas horas esteve dentre os mais vendidos da loja virtual, indicando a relevância do trabalho em seu estilo. Histórias e Bicicletas (Reflexões, Encontros e Esperança) tende a seguir a linha progressiva do trabalho anterior, porém, trouxe um som mais leve e orgânico, com influências alternativas e experimentais. O disco então sofreu algumas críticas negativas, sendo considerado menos energético e impactante se comparado ao Depois da Guerra ou Além do que os Olhos Podem Ver. Outros, por outro lado, consideram um ótimo trabalho, a ponto de considerarem o melhor da banda até então. Com uma proposta mais poética, o encarte do disco contém fotos bem contextualizadas juntamente com suas reflexões, demonstrando um agradável trabalho gráfico.
Com relação aos músicos, a participação de Leonardo Gonçalves em "Lágrimas" e de Roberto Diamanso no poema em "Encontro" foram algumas das novidades da obra.
Curiosidades
Em julho de 2014, o baterista Alexandre Aposan anunciou sua saída do grupo, alegando que contratos da banda impediam que o músico seguisse como integrante oficial e ao mesmo tempo pudesse gravar discos com outros artistas. A banda lançou um comunicado agradecendo o músico e, desde então, o Oficina G3 não definiu oficialmente nenhum baterista em seu lugar.
Integrantes
Juninho Afram – vocal, guitarra, violão (1987-atualmente)
Duca Tambasco – baixo, vocal de apoio (1994-atualmente)
Jean Carllos – vocal, teclado, piano (1995-atualmente)
Mauro Henrique – vocal, violão (2008-atualmente)
Ex-integrantes
Túlio Régis – vocal e compositor (1987-1992)
Wagner García – baixo (1987-1993)
Luciano Manga – vocal (1987-1997)
Walter Lopes – bateria, vocal (1987-2002)
PG – vocal, violão (1997-2003)
Alexandre Aposan – bateria (2011-2014)
Discografia
Álbuns de estúdio
Nada É Tão Novo, Nada É Tão Velho (1993) - Link
Indiferença (1996) - Link
Acústico (1998) - Link
O Tempo (2000) - Link
Humanos (2002) - Link
Além do Que os Olhos Podem Ver (2005) - Link
Elektracustika (2007) - Link
Depois da Guerra (2008) - Link
Histórias e Bicicletas (Reflexões, Encontros e Esperança) (2013) - Link
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